Era um sete de setembro e ela estava lá como sempre foi. Linda, elegante e única. Eu ainda não chegava ao ombro dela, mas já a admirava. Ainda mantinha minhas mãos nos bolsos, era quieto, calado e observador. E observava. Seu porte altivo, de rosto mirando à frente, como todos devemos ser. Eu e Marelena sempre tentamos copiar isso nas fotos, mas nenhum de nós a superava. Nenhum de nós a superará.
Hoje não é sete como sete foi o dia que escrevi aqui para ela, quando ela se foi. Hoje é setenta. Setenta vezes Maria do Carmo.
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