Minha cara Hannah!
Acho que posso compreender por que você não apareceu. Mas não consigo controlar a angústia que sinto. Desta vez voltei a sentir a mesma angústia quase enigmática e tão insistente.
Meu amor por você está como no primeiro dia: você bem sabe e eu sempre o soube, mesmo antes deste reencontro. O caminho que você me indica é mais longo e difícil do que eu pensava. Ele exige toda uma extensa vida. A solidão deste caminho é uma opção.(…) Sempre dou tanto quanto exigem de mim, e o próprio caminho não é outra coisa senão a tarefa que o nosso amor entregou-me. Teria perdido o direito à vida, se perdesse meu amor por você. No entanto, perderia este amor e a sua realidade, se me esquivasse da tarefa a que ele me impele.
“E se existe Deus,
Te amarei melhor depois da morte.”
Pertencendo absolutamente a você, seu
Martin.
Acho que posso compreender por que você não apareceu. Mas não consigo controlar a angústia que sinto. Desta vez voltei a sentir a mesma angústia quase enigmática e tão insistente.
Meu amor por você está como no primeiro dia: você bem sabe e eu sempre o soube, mesmo antes deste reencontro. O caminho que você me indica é mais longo e difícil do que eu pensava. Ele exige toda uma extensa vida. A solidão deste caminho é uma opção.(…) Sempre dou tanto quanto exigem de mim, e o próprio caminho não é outra coisa senão a tarefa que o nosso amor entregou-me. Teria perdido o direito à vida, se perdesse meu amor por você. No entanto, perderia este amor e a sua realidade, se me esquivasse da tarefa a que ele me impele.
“E se existe Deus,
Te amarei melhor depois da morte.”
Pertencendo absolutamente a você, seu
Martin.
- H. Arendt - M. Heidegger - Correspondências 1925/1975 -
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