Fiz de minha vida um navio
E dos meus sonhos fundo mar
Lancei meu navio na água
E deixei o vento levar.
A brisa que sopra mansa
Acalenta as ondas do mar
E por mais que ele balance
Seu controle há de voltar.
Voltar para as mãos seguras
Que norteiam o meu navegar
A seguir os caminhos às escuras
Sob a auréola do doce luar.
E a luz que o iluminar
Com o brilho do amanhecer
Certamente vai me mostrar
As espumas do meu viver.
Mas se um dia um recife aflorar
à frente desse navio
Não sei se vou suportar
Traçar mais esse desvio.
Cansei-me de navegar, cansei-me de tanto sofrer.
Se é pra viver nessa mágoa
Prefiro,em vez de aportar,
Abrir com as minhas mãos a água
Pra ver o meu navio naufragar.
E dos meus sonhos fundo mar
Lancei meu navio na água
E deixei o vento levar.
A brisa que sopra mansa
Acalenta as ondas do mar
E por mais que ele balance
Seu controle há de voltar.
Voltar para as mãos seguras
Que norteiam o meu navegar
A seguir os caminhos às escuras
Sob a auréola do doce luar.
E a luz que o iluminar
Com o brilho do amanhecer
Certamente vai me mostrar
As espumas do meu viver.
Mas se um dia um recife aflorar
à frente desse navio
Não sei se vou suportar
Traçar mais esse desvio.
Cansei-me de navegar, cansei-me de tanto sofrer.
Se é pra viver nessa mágoa
Prefiro,em vez de aportar,
Abrir com as minhas mãos a água
Pra ver o meu navio naufragar.
Cecília Meireles
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