Renato Russo já usou parte deste texto numa música linda chamada Monte Castelo, que já falei por aqui. Ele misturou Camões com São Paulo (Paulo de Tarso, o homenzinho que era soldado de Roma e se transformou num dos maiores propagadores do cristianismo). Renato Russo misturou tudo com seu talento e surgiu uma música linda (veja o link ali em cima).
Mas agora, segue a peça fundamental do portuguezinho que enxergava pouco, mas que sabia de muito. Quem ler os versos aí embaixo vai entender o que é ser poeta. Saber traduzir o que a Humanidade sente.
Amor é fogo que arde sem se ver;
É ferida que dói e não se sente;
É um contentamento descontente;
É dor que desatina sem doer.
É um não querer mais que bem querer;
É um andar solitário entre a gente;
É nunca contentar-se de contente;
É um cuidar que se ganha em se perder.
É querer estar preso por vontade
É servir a quem vence o vencedor,
É ter com quem nos mata lealdade.
Mas como causar pode seu favor
Nos corações humanos amizade;
Se tão contrário a si é o mesmo amor?
Luís de Camões
Mas agora, segue a peça fundamental do portuguezinho que enxergava pouco, mas que sabia de muito. Quem ler os versos aí embaixo vai entender o que é ser poeta. Saber traduzir o que a Humanidade sente.
Amor é fogo que arde sem se ver;
É ferida que dói e não se sente;
É um contentamento descontente;
É dor que desatina sem doer.
É um não querer mais que bem querer;
É um andar solitário entre a gente;
É nunca contentar-se de contente;
É um cuidar que se ganha em se perder.
É querer estar preso por vontade
É servir a quem vence o vencedor,
É ter com quem nos mata lealdade.
Mas como causar pode seu favor
Nos corações humanos amizade;
Se tão contrário a si é o mesmo amor?
Luís de Camões
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