Cada qual tem o seu álcool.
Tenho álcool bastante em existir.
Bêbado de me sentir, vagueio e ando certo.
Se são horas, recolho ao escritório como qualquer outro.
Se não são horas, vou até ao rio fitar ao rio, como qualquer outro.
Sou igual.
E por detrás de isso, céu meu, constelo-me às escondidas e tenho o meu infinito.
Fernando Pessoa
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