Deitado ali na rede, com o céu cheio de estrelas servindo de teto para o meu olhar, tentei enxergar o escuro por trás destes pontinhos brilhantes que sempre aguçaram minha curiosidade. As constelações sempre me trouxeram significados e sempre procuro as Três Marias como uma forma de me posicionar. Talvez seja pelo fato de eu as ter conhecido pelo indicador de meu pai. O Cruzeiro do Sul é tão forte, tão presente neste céu que sempre esteve comigo e, literalmente, o incorporei a mim mesmo. Tentei enxergar o escuro por trás, o imaterial que as envolve, o caldo escuro e fértil que criou e mantém essas belezuras que iluminam a minha alma. Teimei em olhar, teimei em querer entender, mas meu cérebro ainda é uma criança e não sabe de nada. Olhar o céu, o escuro e os pontinhos brilhantes não é para os olhos apenas, muito menos para o cérebro. Olhar para o céu é tarefa pra a alma.
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