O mundo é pequeno,
Bem pequeno.
Cabe na palma da mão
E assim, azul,
Que nem bolinha de gude
É a transparência da ilusão
De quem se ilude
Com a vastidão
Que os olhos não compreendem.
Bem pequeno,
Bem pequeno esse mundo
Que rola pela infância
Que nem bolinha de gude,
É a clara substância
De vidro azul;
É a fragilidade ao cair
E a possibilidade de sair
Por esta esfera
E numa esquina,
Com pouca espera,
Vir a ter a sina
De olhar para um rosto perdido
Num outro lado do vidro
Desta bolinha de gude.
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