terça-feira, outubro 21, 2008

Chimp rides again

Ele é 88,5% igual a você. Ele aprende. Você também.




quarta-feira, outubro 15, 2008

Um agradecimento

Venho aqui agradecer a gentileza de uma homenagem que recebi de meu amigo Lobístico. Em 2005 ele gravou um vídeo de Gilberto Gil numa de suas andanças pela Terrinha. Garimpou o vídeo em suas arrumações findesamanianas, que normalmente nós todos vez por outra aventuramos a empenhar, e o dedicou a mim, cá do outro lado do Atlântico. A lisonja me faz agradecer com outra obra do Gil que sempre trouxe carinhosamente comigo. Uma música simplesmente única e própria do gênio do nosso ex Ministro da Cultura. Neste vídeo, para completar também minha homenagem, Mariza canta com Gil em Aveiro, uma cidade portuguesa litorânea. Mariza é uma cantora moçambicana de fados que eu não conhecia, mas que pude ouvir e me encher de prazer por este meio contemporâneo chamado Youtube.


P.S.: Para o meu amigo Lobístico


A Paz (Leila 4)

Letra: Gilberto Gil

Música:João Donato)



A paz

Invadiu o meu coração

De repente, me encheu de paz

Como se o vento de um tufão

Arrancasse meus pés do chão

Onde eu já não me enterro mais


A paz

Fez o mar da revolução

Invadir meu destino; a paz

Como aquela grande explosão

Uma bomba sobre o Japão

Fez nascer o Japão da paz


Eu pensei em mim

Eu pensei em ti

Eu chorei por nós

Que contradição

Só a guerra faz

Nosso amor em paz


Eu vim

Vim parar na beira do cais

Onde a estrada chegou ao fim

Onde o fim da tarde é lilás

Onde o mar arrebenta em mim

O lamento de tantos "ais"

segunda-feira, outubro 13, 2008

The Blue

As demais cores primárias que me desculpem, mas é o azul que sempre me traz paz. E aqui, ele ainda pode ser o mar ou a imensidão do céu noturno, coalhado de estrelas com a grande Lua dentro.

Mar, céu, estrelas. Lua. Um mergulho no azul.




The Blue

Shameless sea

Aimlessly so blue

Midnight-moon shines for you


Still, marooned

Silence drifting through

Nowhere to choose

Just blue...


Ceaselessly

Star-crossed you and me

Save our souls

We'll be forever blue


Waves roll

Lift us in blue

Drift us

Seep right through

And colour us blue


Wait for me

Shameless you, the sea

Soon, the Blue

So soon...



O Azul


(Perdoem minha pobre versão ao português)


Mar sem pudor

À toa, tão azul

A lua da meia-noite brilha por você


Ainda assim, sozinho

O silencio paira

Nenhum lugar para escolher

Apenas o azul...


Incessantemente

As estrelas nos deram um reencontro

Salvaram nossas almas

Seremos azuis eternamente


As ondas rolam

Nos elevam no azul

Nos levam

Trespassam

E nos colorem de azul


Espere por mim

Você sem pudor, o mar

Depressa, o Azul

Bem depressa...

domingo, outubro 12, 2008

Sete músicas

Lobístico desafiou a mim e mais seis blogueiros (Alcandura, Bu, Lubalecio, Morning Theft, Shape e Super M.) a listar sete músicas que serviram de suporte a algum momento de suas vidas. Em todos os pedaços da minha, música sempre esteve presente e escolher sete é simplesmente um ato de injustiça com as demais. No entanto, resolvi eleger as primeiras que me vieram à mente, pois sei que se fosse pensar muito não conseguiria chegar apenas em sete.

A idéia era descrever momentos em que as músicas tiveram participação ativa. Talvez minha lista não cumpra com essa premissa, mas cada música surgiu em minha mente para a lista por alguma razão que não pretendi descobrir. Algumas pessoas que me conhecem provavelmente entenderão algumas escolhas. Apenas meu inconsciente realmente saberia a razão de eu eleger estas sete. Isso não importa. Por isso, não descreverei os tais momentos, já que as músicas se perpetuaram por uma imensidão deles. Vou escrever apenas algumas palavras que certamente farão que estes momentos aflorem junto à melodia de cada uma das minhas sete escolhas.


Sgt Peppers Heart Club Band - The Beatles

O álbum inteiro marcou minha infância. Meu irmão colocava o vinil numa vitrola e eu ficava chapado. Minhas primeiras lições autodidatas de inglês foram com ele. Não consigo lembrar de momentos de minha vida em que os Beatles não estivessem presentes, não é Júnior?



The Great Gig in the Sky - Pink Floyd

Quando eu tinha uns dezesseis anos participei de uma peça teatral em que The Dark Side of Moon fazia o pano de fundo. O álbum foi fundamental em minha formação e escolher uma música dele já é doído.


More than a Woman - Bee Gees

O final dos anos 70 me colocou de frente para a vida, para os amores e as dores que acabam sempre andando juntos.


Can’t Take my Eyes of off You - Gloria Gaynor

Faz mais de vinte e cinco anos que essa música me tomou de jeito. Até já escrevi um pequeno conto com ela de protagonista. Quem sabe um dia faço como Heath Ledger nesse vídeo...



No Ordinary Love - Sade

A voz de Sade Adu diz que esse não é um amor comum.



Indifference - Pearl Jam

Muito mais que a música, o vídeo do Lobístico me fez recordar momentos de paz à beira mar. Um lugar assim sempre me deixará feliz.


Forget HerJeff Buckley

Outras músicas dele poderiam estar aqui, mas escolhi essa por alguns signos presentes no vídeo. Chaves, por exemplo, que poderiam abrir portas e passagens.

(Clique no título da música para ver, ouvir e se emocionar)



sábado, outubro 04, 2008

Juliette

A primeira vez que a vi foi no filme Cabo do Medo, um remake que Martin Scorsese fez de um filme de 1962. Robert de Niro mais uma vez extrapola no papel de um estrupador que saiu da cadeia e vai em busca do advogado que o encarcerou. Nesta versão de 1991, Robert Mitchum faz um papel secundário. Foi uma forma de Scorsese relembrar a versão de 1962, quando Mitchum fez o personagem do estrupador. Não vi a versão de 62 para comparar. Mitchum foi um ótimo ator, mas de Niro realmente faz toda a diferença.
Mas ela que dizia é Juliette Lewis. Em Cabo do Medo ela faz a filha do advogado Nick Nolte e de Jessica Lange. Na época ela era uma adolescente fresquinha, no sentido original da palavra, já que ela é de 1973. Depois ela fez outros grandes filmes como Assassinos por natureza, Kalifornia e um outro que não me lembro o nome, mas em que ela faz uma deficiente mental emocionante.
Recentemente meu filho Ugo me apresentou outra face dela. O lado roqueiro com sua voz meio rouca e visceral. Roberto Gori contribuiu também me cedendo alguns mp3 para a minha apreciação. A banda chamada Juliette and The Licks tem aquela velha “pegada” clara e pura que a gente gosta. A gente que sempre esteve com aquelas batidas e notas características sempre presentes na vitrola, no tape deck, no walkman, no iPod, no Youtube, em qualquer lugar que se possa ouvir músicas que façam vibrar. The old and good rock’n’roll
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