Eu ainda nem sabia ler e ia na casa do “Seu” Rosa ver gibi. Na época, Mickey Mouse, Pateta, Pato Donald e Tio Patinhas eram o centro das atenções da molecada. O tempo passou e aprendi a ler e continuei indo lá. Já entrava, falava “oi” para a Dona Nica, me sentava num sofá e fazia as minhas leituras. Quando terminava, deixava os gibis no lugar e ia embora. A Sílvia sempre estava lá com aquele sorriso imenso. Quem a conheceu vai se lembrar dele. Ela tinha a idade da minha irmã, mas conversávamos sem as fronteiras típicas de idade. O tempo passou, a Sílvia deve ter feito algum curso de cabeleireira e passou a cortar os meus cabelos numa determinada época. Não me lembro se eu a pagava, pois já tinha o meu dinheiro, ganho nas minhas ralações precoces. O tempo passou de novo. Eu não morava mais na Princesa Isabel e fui me afastando daqueles ares que povoavam as esquinas das ruas Goiás, Santos Dumont e Olegário Maciel. Acabei vendo a Sílvia apenas eventualmente. Mas nunca esqueci o seu sorriso. Um sorriso que só os anjos têm. Hoje a Sílvia foi embora. Não verei mais aquele sorriso. Talvez, como um anjo, ela venha a iluminar nosso caminho com a alegria de sua voz e a amplidão de seu sorriso. Nunca me esquecerei do sorriso da Sílvia.
NO MUNDO DOS BLOGS. Todo mundo está se ligando, se conectando, se blogando. Os sinais de fumaça, os tambores, os pombos-correio, as cartas de papel, os telefonemas. Os blogs. Para começar, para ver como é que fica, vamos falar de tudo...
segunda-feira, junho 09, 2008
Um anjo chamado Sílvia
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