No entanto, desde os tempos de colegial, quando participei de uma peça que tinha poesia do Drummond misturada a rock do bom, venho me perguntando como saiu das cabeças dos caras o álbum The Dark Side of the Moon. Na peça, onde estava o Tostão, o Luiz Ângelo e mais tanta gente, os efeitos sonoros das músicas eram usados nos trechos mais, digamos, dramáticos... De repente, passeando na livraria, me dou de frente com este livro do John Harris (Jorge Zahar Editor), com o subtítulo Os bastidores da obra-prima do Pink Floyd.
Sim. Obra-prima. Algumas vezes discuti com pessoas que entendiam ser The Wall a obra-prima deles. Mas sempre achei que Dark Side extrapolava! Não dá para não ter um CD (ou até um vinil!) do álbum, mesmo nestes tempos de mp3. Sem dizer que, lançado em 1973, vendeu 30 milhões de cópias no mundo todo e, ainda hoje, vende 250 mil cópias a cada ano... No livro, que na verdade não se atém apenas ao álbum, Harris joga luz à formação do grupo também. Mostra como Barrett influenciou o álbum, como foi se afastando (mentalmente) da banda e como a banda o afastou. Interessante notar também como Roger Waters impunha sua personalidade ao grupo e de que maneira tratava sua dicotomia entre o espírito socialista que herdou dos pais (que de certa forma mantém através de ações sociais, ainda hoje) e sua inevitável condição de astro de rock capitalista.
Pra quem nunca ouviu falar de Pink Floyd, esqueça. Mas se você um dia já gritou “Money, get away”, vale a leitura.
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