O tempo que cobre de pátina as superfícies e os espaços
É o mesmo que enobrece a alma do vinho.
O fogo que queima a árvore e o ninho
É o mesmo que dá a têmpera aos melhores aços.
O tempo apaga o fogo
O fogo não queima o tempo.
O jogo em que o tempo teima
Na espera que o fogo extíngua,
Não deixa que morra à míngua,
A língua que grita o berro.
O berro que fala ao tempo
Que o fogo tempera o ferro
E o transforma em aço.
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