“O que é que eu tô fazendo aqui?”
Quem ainda não se fez essa pergunta? Ou as tradicionais: De onde vim? Para onde vou? Qual o sentido da vida? São perguntas sem respostas. Quanto mais tentamos respondê-las, mais elas ficam instigantes e insolúveis. Mais elas nos incomodam. Envelheço mas não consigo descobrir o que estou fazendo aqui.
Tem gente que procura caminhos diversos. Religiões tradicionais, religiões orientais. Esoterismo. Ou ciência. Um livro interessante que caminha para jogar luz no tema, ou gerar ainda mais dúvidas, é O Glorioso Acidente, de Clemente Nóbrega (Ed. Objetiva). O texto é conduzido num jogo de papéis entre as figuras de Einstein (o que busca respostas) e de Frankenstein (criado contra sua vontade, mas agora, afim de amar e ser amado). O papel do genial cientista duela como o do ser criado por Mary Shelley. Nóbrega alinhava a Teoria da Evolução com Teoria dos Jogos. Darwin e Von Neumann convivem com cientistas atuais nos textos ágeis, claros e empolgantes. Figuras da ciência como Carl Sagan, Richard Dawkins, Stephen Jay Gould e Bertrand Russel aparecem no livro. Mas outras como Bob Dylan, Pink Floyd, Caetano Veloso e Millôr Fernandes também surgem em citações, balanceando o enfoque acadêmico com o pop.
Um assunto muito interessante tratado de maneira leve, mas profunda. Sem fadas, sem gnomos, sem cristais.
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