Pere Lachaise diz alguma coisa pra você? E 1971? Começava a década de 70, a magia dos anos 60 ainda fervilhava. O mundo ia ser melhor. Ou não. As portas da percepção podiam se abrir. Você aí que se esgüela cantando "Roadhouse Blues"... É você mesmo... Sabia que há exatos 35 anos o cara estava passando pelas portas de não sei aonde? Dia 3 de julho de 1971, Jim Morrisson era encontrado morto em uma banheira de um hotel parisiense, em circunstâncias nunca completamente esclarecidas. Tinha 27 anos, assim como Janis Joplin quando se foi. E Jimmy Hendrix. E Kurt Cobain. Só tinha 27 e fez aquilo tudo. Fez poesia que ao mesmo tempo era biscoito fino e paulada grossa. Fez música numa banda que não usava baixo! Botava tudo pra fora nos shows. Literalmente. Meio índio, meio Rimbaud, meio Rilke, meio doente, meio de outro mundo, meio marcado para não viver. Se estivesse vivo, em 8 de dezembro deste ano completaria 63 anos. É difícil imaginar o cara com 63! É difícil imaginar um séquito de fãs, a maioria adolescente, invadindo o cemitério Pere Lachaise, em Paris, para peregrinar no túmulo todo pichado do cara. Um dia, no London Pub, num intervalo de um show, botaram lá "Break On Through". A molecada de menos, muito menos de 20 esgüelava a letra, cantava a plenos pulmões! Depois tascaram "Roadhouse Blues". De novo, a moçada em coral! Fiquei pasmo! Depois fui me inteirar do assunto. A molecada não é boba. Sabe o que é bom. Por isso devem fazer peregrinação no Pere Lachaise. Vida longa a Jim Morrisson!
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